O Poeta

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Amargura Subconsciente


De todos os poetas
Eu fui o único que abraçou a loucura.
O único que foi possuído pelo desejo ardente de viver.
Os que antecederam o meu legado se precipitaram nos deleites da vida.
Se perderam nas palavras.
Tornaram-se cegos.

O mundo fantástico e enigmático da mente me sufoca e me prende.
Me faz escravo; com uma injeção letal e frenética
Me maltrata e me atormenta.

Os mortos que de alguma forma escreveram algo no meu subconsciente
Me atormentam com as lembranças de suas infinitas passagens.
Quando os expulso eles voltam de repente como convidados
Para o banquete das incomodações eternas.
Das lembranças de alegria e de dor que correm freneticamente por cada neurônio existente
E acabam invadindo o vasto mundo das ideias, poluindo com pensamentos de tortura e sofrimento indizível; não obstante, a alegria e o amor se fazem real nas ultimas possibilidades.

Os meus vizinhos, os que habitam em mim;
Quais eram seus sonhos?
O que queriam?
O que faziam?
Malditos sejam todos os que ignoram as verdades universais.
Somos discípulos do mundo que nos cerca.
A vida e a morte
O amor e o ódio
Tudo existe para um proposito comum.
E esta é a amargura que atormenta o subconsciente;
Lidar com verdades que nem nós mesmos entendemos.

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